
Lendo os jornais de Cabo Verde (Liberal Cabo Verde, A Semana, ambas versão online) sobre uma centena de Africanos, encontrados à deriva nas águas de Cabo Verde é incrível
“Clandestino,” do latin clandestinus, é definido nos diccionários de língua portuguesa rothers –
É bem fácil de saber o ponto de partida das navegaçoes que transportam tais grupos. Também não é assim tão díficil prever a população alvo, isto é, aqueles que estão mais próximos de optar pela incerteza do infinito azul, com a esperança de alcançar uma vida melhor.
A acção de imigrar sem portar de determinados items formais e legais, antes de ser um acto clandestine, é mais um acto de rebeldia, um grito mudo contra o status quo. É deixar todos a saber que se existe um paraíso na terra, é um direito de qualquer humano de procurar atingir tal lugar. Num outro sentido, talvez simplificada, é-ser um cidadão global, portador de um direito inalienável de transitar e de se fixar em qualquer parte do mundo – a escolha do portador deste mesmo direito. Usando um palavrear bastante comum nos nossos tempos, diria que ele apenas fez uso do seu direito de voto com os pés.
Uma vez em Europa é que a verdadeira batalha acontece. O imigrante em condição irregular sabe que pode ser abordado a qualquer momento pelas autoridades e tal le. Ao mesmo tempo sabe que não pode ficar
Tal indivíduo não é mais do que uma moderna versão de Robin Hood, expropriando a riqueza dos ricos (os “have”) e distribuindo para os “have-not.” Naturalmente, ao contrário de Robin Hood, a expropriação de riquezas no Norte é feita não à custa de uso ou ameaça de uso da força, mais antes pelo uso da força braçal. Com os braços suporta a ele mesmo, e também as comunidades que atrás ficaram e que em ele investiram, e dele esperam melhores condições.
(Imagens retiradas de BBC Online)
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