Saturday, October 27, 2007
No Cinema da Tua Vida
No cinema da tua vida
um figurino de terceira sou
aquele que aparece a transitar no “background”
com a única missão de completar uma cena de não mais que um segundo
Não mais do que isso…
Um figurino anónimo que não merece o título de personagem
Aquele de fácil mudança, em que tal pode ser feita
Sem alterar em nada o rumo da cena
Abel Djassi Amado
2007
Só Mesmo a Ti
E ainda por cima tão perto
Um paradoxo próprio de mim mesmo
Que espero contrabalançar, um dia,
Com a tua real presença
"Chegaste,
Viste e
Venceste"
Agora nada me resta,
Senão declarar-me como vencido
Abel Djassi Amado
Pensando, como de costume, em
Thursday, October 04, 2007
Sobre a Democradura
Neco do Jornal "A Trombeta" entrevista Odorico Paraguaçu.
NECO: Qual é a sua formação política?
ODORICO: Eu sou um partidário da democradura. Um regime que faz a conjuminância das merecedências da democracia com os talqualmentes da ditadura.
NECO: O senhor quer explicar melhor?!
ODORICO: Pois não. Na democracia o povo escolhe a gente, os governantes. Na democradura, a gente escolhe o povo que vai escolher a gente.
NECO: O que pensa o Coronel da Lei de Segurança Nacional?
ODORICO:É uma lei deverasmente sábia, porque serve de motivo sempre que não se tem motivo algum e permite não precisar dar maiores explicações quando não se tem explicação nenhuma para dar.
NECO: Coronel Odorico, há indícios que vamos entrar num período de recessão. O desemprego aumenta, parte do povo brasileiro passa fome. Que é que o senhor tem a declarar sobre isso?
ODORICO: Invencionices da oposição demagogista. No Brasil não existe desempregados. Existe é gente procurando emprego. No Brasil, talqualmente, não existe fome, existe é gente procurando o que comer. É diferente.
(Fonte: O Bem Amado, novela de Dias Gomes)
If We Must Die (Claude McKay 1919)
IF WE MUST DIE
If we must die, let it not be like hogs
Hunted and penned in an inglorious spot,
While round us bark the mad and hungry dogs,
Making their mock at our accursed lot.
If we must die, O let us nobly die,
So that our precious blood may not be shed
In vain; then even the monsters we defy
Shall be constrained to honor us though dead!
O kinsmen we must meet the common foe!
Though far outnumbered let us show us brave,
And for their thousand blows deal one deathblow!
What though before us lies the open grave?
Like men we'll face the murderous, cowardly pack,
Pressed to the wall, dying, but fighting back!
A poem written in response to many rice riots that took place in many American cities in 1919. The mass immigration northward of the African-American community, which had started at the beginning of the twentieth century, changed the socio-cultural topography of the American cities.
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