Já tive encontros com várias línguas, de vários países e continents. Inglês, Françês, Português, Russo, Alemão, Espanhol, Bambara, Chinês, e Swahili. Grande parte – diria até a maioria esmagadora – dos encontros linguisticos foram na base de “Eurofonias.” De todas as “fonias,” Swahili é o que mais me marcou, por causa da estructura poética e, ao mesmo tempo, de ser extremamente lógica.
Ninasoma Kiswahili kwa Chuo Kikuu cha
Nchi yetu au kifo, Tutashinda!
Depois de ter visto este filme, fiquei quase sem-palavras não só pelo tão bem descrito realismo do quotidiano rural e urbano do “condenado da terra” em Zimbabwe mas também, e talvez principalmente, do processo do desmoranamento e a reconstrução no final do filme da comunidade. Um filme magnífico e um pacote completo da realidade socio-antropológica do homen rural africano. É interessante notar que o prenúncio de morte – por causa da SIDA – foi o processo que gerou a término da consciência comunitária e foi a morte de um triste inocente, que deveria ser “everyone’s child,” que acabou por alertar a todos da necessidade de “safety net” que a vida comunitária traz.
Mensagem ainda interessante é a descrição deveras realista da formação e socialização de “gangs” urbanos. Na optíca do realizador, estructuras sociais urbanas – principalmente falta de oportunidades laborais e educacionais entre a juventude africana – determinam o caminho da sobrevivência na selva de pedra urbana africana. Um filme a ser visto pelos Praienses. Muito informativo sobre o fenómeno de “gangs,” agora muito muito comum na cidade da Praia.
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